sexta-feira, 11 de maio de 2012

CARTA Á PREFEITA ELISA COSTA

                                    Gov. Valadares, 07 de maio de 2012

À Exma. Sra.
Elisa Maria Costa
DD Prefeita de Gov. Valadares

Senhora Prefeita,

                                    Assunto: Lixo Domiciliar da Cidade

               Cumpre-me, com o devido respeito, dirigir-me à V. Excia. a fim de   oferecer-lhe a colaboração cidadã, no sentido de solucionar o problema do lixo domiciliar urbano, cuja situação verdadeiramente crítica, chegou ao ápice, ao ponto de ser essa administração municipal acionada pelo Ministério Público, como é do nosso conhecimento, através da imprensa local.

              O fato de ser o mentor de um projeto ainda incipiente (em parte), chamado Indústria do Lixo, o qual pretende oferecer solução para todos os problemas ambientais decorrentes do lixo urbano, é que me leva a assumir tamanha responsabilidade, diante de uma administração complexa e repleta de recursos os mais variados, inclusive na parte de elementos humanos, plenamente qualificados, tanto no que se refere à currículos escolares, como em razão de serem detentores de cargos importantes na política dominante.

             Apesar de tudo isto e muito embora na minha posição um tanto inferiorizada de leigo no assunto mas, embasado apenas na experiência de vida, pelos meus oitenta e quatro anos de idade, é que me disponho a oferecer os meus préstimos, a fim de ajudar a minha cidade a resolver um problema gravíssimo como este que estamos enfrentando. 

             Isto significa dizer que o meu oferecimento não se restringe apenas em oferecer o plano no papel, mas estou disposto a colaborar, voluntariamente, em ações de ativismo no sentido de levar a cada cidadão e principalmente às cidadãs – as honradas donas de casa, as mais preocupadas com a situação do mundo nestas questões socioambientais – os apelos, acompanhados de instruções diretas e pessoais, para que a nossa parte, isto é, de toda a sociedade  seja definitivamente executada, uma vez que dela depende o êxito do plano  voferecido.  Com agradecimentos antecipados pela atenção, subscrevo-me mui,
                                           
                                               Respeitosamente.

                                            Francisco Machado
                              Agente de Polícia Federal Aposentado
                                Rua Mal. Deodoro, 129/301 - Centro

PROBLEMA DO LIXO EM GOV. VALADARES

                 PROPOSTA DE PLANO EMERGENCIAL VISANDO
                  SOLUCIONAR O PROBLEMA DO LIXO URBANO
                                  EM GOVERNADOR VALADARES

        Uma notícia publicada no jornal o Diário do Rio Doce, edição de 26/04/2012, nos dá conta de que estamos exportando o lixo aqui produzido para a cidade de Ipatinga, cujo custo do transporte chega à casa dos 500 mil reais por mês. Isto significa dizer que a nossa cidade está vivendo um momento de descalabro, tudo por causa do lixo urbano, cuja coleta que era para ser seletiva – pois assim foi organizado o serviço desde 2006, pelo então prefeito Fassarela – não passou de uma tentativa em vão, em razão da falta de interesse e até de responsabilidade por parte da população, em fazer a parte que lhe tocava, qual seja, a separação do lixo seco do úmido, em seus domicílios, para entrega aos responsáveis pela coleta, sendo: o lixo úmido, ao caminhão da coleta (da prefeitura) e o lixo seco, aos catadores da associação criada para esse fim – a Ascanavi. Essa medida administrativa foi acompanhada de instruções à população através de uma cartilha muito bem elaborada (exemplar anexo), mas não surtiu o efeito desejado.
        Parte da culpa também cabe aos governos municipais dos mandatos que se seguiram, pois não deram continuidade ao trabalho iniciado pelo prefeito  acima mencionado. Por esta razão, o lixo domiciliar que continuou sendo coletado sem a devida separação, inviabilizou tanto a coleta seletiva como o sistema de eliminação de todos os dejetos através do aterro sanitário, construído desde então, mas hoje interditado por falta de condições de funcionamento.
        Deixando de lado os erros do passado, pois o que nos interessa agora é uma solução urgente para o problema, agravado que foi pelo impasse criado pelo Ministério Público, cuja ação, justa ou não, não nos compete julgar. O que temos certeza é que a situação exige providências enérgicas por parte da administração pública, com medidas eficazes, para dar satisfação a cada cidadão do povo que compõe as classes sociais da cidade.
        Segue, portanto, a nossa sugestão do plano emergencial, urgente, à digna prefeita Elisa Costa, a qual tem nas mãos as rédeas do poder, e pode, com a sua autoridade, decidir os rumos da cidade que governa, uma vez que o problema é apenas de GESTÃO, consistindo em duas partes, como segue:

                                   I PARTE – COLETA SELETIVA
                
        Três medidas iniciais deverão ser tomadas, de imediato, objetivando o aperfeiçoamento da coleta seletiva, que é fundamental para a concretização do plano:
 
        1ª medida – Expedir  comunicado à população (com força de lei),  para que cada morador, num gesto de cidadania responsável, colabore com a administração da cidade, no sentido de solucionar o gravíssimo problema do lixo domiciliar urbano, na atual circunstância, efetuando a separação, em suas casas, do lixo seco do úmido, de forma adequada para ser entregue, cada tipo, aos respectivos serviços da coleta (prefeitura e catadores);

       2ª medida – Encetar campanha de conscientização, através da mídia e de agentes ativos, instruído os moradores de um modo geral (residências, condomínios, hotéis, restaurantes, shopings, escolas, igrejas, etc.) sobre como fazer a separação do lixo, em suas cozinhas, para a coleta seletiva;

       3ª medida – Coordenar os dois setores responsáveis pela coleta do lixo de toda a cidade, ou seja, Prefeitura e Associação dos Catadores, de forma a só receberem os dois principais tipos de lixo (o úmido - orgânico; e o seco – inorgânico, respectivamente),  rigorosamente separados, acondicionados de forma apropriada, tudo de conformidade com as instruções que receberão por parte dos órgãos administrativos e lideranças da cidade.  

       Estas três medidas simultâneas, se bem administradas serão, fatalmente,  coroadas de êxito. Considerando a situação caótica em que vive a cidade, no que se refere ao lixo urbano, a única razão que poderia ocasionar o insucesso desta ordem partida da autoridade máxima do município, seria a desobediência civil. A nossa situação pode ser comparada à de um país que está sendo invadido por um inimigo mortal, quando o comandante em chefe toma a medida extrema, convocando os soldados (os cidadãos) para a defesa de seu território e, consequentemente, de suas famílias: quem pode se omitir deixando de pegar em armas? Somente o insubmisso!  

      O resultado mais positivo que se espera desta primeira etapa, no prazo de 60 dias, no máximo, é a redução do volume do lixo úmido (orgânico), em cerca de 70% . Isto significa dizer que, o gasto estimado em 500 mil reais, sofreria uma redução na mesma proporção, ou seja, setenta por cento a menos nesse valor.

                                      II PARTE – A COMPOSTAGEM

      Porém, benefício muito maior é o que está inserido nesta segunda parte de nossa proposta. Chegando-se a esta situação, quando o lixo úmido (todo o material orgânico de fácil decomposição) estiver devidamente separado, puro, sem nenhum resíduo sólido misturado, e com o volume reduzido, conforme acima, ao invés de levar esse material valioso para outra cidade, ai entra a segunda parte do plano (projeto Indústria do Lixo). Como?  As seguintes medidas, tão simples como as primeiras, são recomendadas:


a)     Prepara-se um terreno plano na periferia da cidade (ou vários, um em cada setor populacional), com espaço igual ou equivalente ao do aterro sanitário;
b)    Encaminham-se os caminhões da coleta para despejarem o material (lixo orgânico, somente) nesses lugares determinados;
c)     Simultaneamente, outros veículos, de caçamba, vão trazendo terra vermelha (ou a mais fácil de ser encontrada), para ser jogada em cima do material orgânico;
d)    Com um equipamento próprio, os operários vão misturando o material com a terra, a fim de ser feita a compostagem, mas de modo simples e natural (artesanal);
e)     Em seguida, o mesmo procedimento do aterro sanitário poderá ser   efetuado, isto é, vai-se acumulando o material já misturado com a terra, até chegar ao preenchimento do local;
f)      De seis meses a um ano de compostagem são suficientes para que o material esteja em condições de ser retirado e levado para o campo, desocupando o espaço para a continuação do serviço, que é perpétuo.

       E haja terra degradada para ser recuperada naturalmente, sem nenhum gasto a mais.  Ali, no campo, poderão surgir os grandes projetos verdes: plantação de Eucalipto para produção de celulose, reflorestamentos diversos e/ou espontâneos,  projetos agrícolas do Biodiesel e agricultura em geral, além da agricultura familiar urbana (orgânica), que deve ter atendimento prioritário.

        Observe que as medidas aqui sugeridas não exigem nenhum custo a mais além do que já está sendo despendido. Pelo contrário, não só vai haver economia, como haverá também, além dos benefícios ai enumerados, retorno financeiro, que será revertido em benefício dos trabalhadores da área da limpeza urbana – os injustiçados e muitos excluídos – que terão remuneração justa, além dos direitos sociais assegurados pelas leis, que lhes estão sendo negados de forma lamentável.       


                                        
                                                  Francisco Machado   
                                        Ativista Ambiental Voluntário   
                                  (Mentor do projeto Indústria do Lixo)

quarta-feira, 2 de maio de 2012

EXPORTAR LIXO É UM BOM NEGÓCIO?

Governador Valadares está exportando o seu lixo para a cidade de Ipatinga. As exportações, geralmente, são fontes de renda para qualquer município ou país. Aliás, é a única maneira de um país tornar-se rico. Só que a exportação desse lixo que a nossa cidade começou a levar para o município visinho, nesses últimos dias, ao invés de lucro, dá prejuízo, e grande. Segundo informou o jornal, o Diário do Rio Doce, de 26/04/2012, esta proeza inédita, indescritível, está custando ao bolço do contribuinte valadarense, nada   menos do que a quantia de 500 mil reais por mês.

Todo e qualquer produto pode e deve ser vendido e exportado para fora do país ou território, de menos o lixo, certo? Errado, o lixo também pode ser exportado, porém, industrializado. Olha que estamos falando do lixo orgânico; este material sujo, asqueroso, putrecível, fedorento, causador da pior forma de poluição ambiental e doenças, que contamina o solo, subssolo, as águas e o ar, de forma devastadora e cruel. Pois, este material indesejável pode ser transformado, de forma simples e natural em produto essencial para a manutenção da vida de todos os seres vivos, bem assim como de toda a Biodiversidade existente no planeta Terra. Sei que você nunca ouviu falar disso, porque, em termos de uma cidade toda,  é uma idéia inédita, muito embora  esteja  embasada em um processo milenar, primitivo, simples e eficiente, cujos elementos funcionam  com a mesma perfeição, beleza e força do Seu Criador: A Natureza! E o processo é a compostagem! Simples, natural, barata, lucrativa e benéfica a todos. Tanto é autosustentável, como totalmente a favor da Sustentabilidade! A NATUREZA AGRADECE.

"Quando eu não estou fazendo algo em favor do meio ambiente, certamente estou contribuindo para a destruição do mesmo. Isto é sustentabilidade!"

                                                       Francisco Machado
                                                 Ativista ambiental voluntário  

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