quinta-feira, 23 de abril de 2015

LIXO É A SALVAÇÃO DO PLANETA

Adubo orgânico ou natural 
      Adubo orgânico ou natural é o produto do lixo orgânico, que é também chamado de lixo úmido, composto dos seguintes elementos residuais:  
        - sobras e restos de comida (separada dos ossos e embalagens de qualquer tipo: metálica, plástica, vidro, etc.);    
          -  restos de cereais estragados ou sujos;
          -  restos de verduras (folhas, talos, etc.);
          - cascas e sementes de frutas e legumes (banana, laranja, batatas, melancia e mandioca são as principais e as mais abundantes e comuns na cozinha brasileira).
         -  papel higiênico usado e qualquer outro tipo de papel toalha, de fácil decomposição na água ou na terra úmida;
          - folhas secas ou verdes provenientes das podas da arborização urbana;
          - aparas de gramas e outras vegetações rasteiras;
         - qualquer outro tipo de material abandonado em vias públicas ou terrenos baldios, que esteja em decomposição e que possa ser misturado ao bolo da compostagem que para ser  transformado  em adubo para a agricultura em geral.
         É SIMPLESMENTE FANTÁSTICO o que poderá resultar do aproveitamento de todo esse material ai mencionado, para a transformação em adubo natural.
        MAS, POR OUTRO LADO, É TAMBÉM INCRÍVEL o fato de que esses elementos – fatores principais das causas de poluição do meio ambiente, quando recebem uma destinação inadequada  ou incorreta - estarem sendo, até os dias atuais, jogados nos esgotos, nos rios, nos aterros sanitários ou simplesmente abandonados nas vias públicas e áreas urbanas, tornando-se imundícias causadoras de mau cheiro; criatórios de insetos perniciosos e nocivos à saúde; fontes de contaminação, causando muitas vezes epidemias ou doenças graves  ao ser humano.
        Parece não existir uma só razão para justificar a situação como a que está vivendo toda a humanidade hoje, como antigamente. 
Efeitos e vantagens na produção dos orgânicos 
          Porque os alimentos orgânicos são mais saborosos, mais nutritivos; o sabor e aroma mais intensos? A resposta é óbvia: é por que eles são cultivados com o adubo natural, portanto, sem o uso de fertilizantes  químicos ou agrotóxicos. O produto orgânico é também limpo e saudável, pois o seu cultivo vem de um sistema que observa as leis da natureza e todo o seu manuseio está baseado em um processo de respeito ao meio ambiente e a preservação dos recursos naturais.
        Mas não são somente estas as vantagens que o adubo natural oferece aos seres humanos e à natureza. Estes são apenas os efeitos à curto prazo, porquanto à longo prazo temos benefícios ainda maiores. Alguns exemplos: os métodos orgânicos de produção são todos favoráveis ao equilíbrio ecológico e, trabalhar de modo harmônico e convergente em relação ao tempo, ritmo, ciclos e limites da natureza, tende a reduzir substancialmente os seus custos, podendo até mesmo competir com o agro-químico em termos de produtividade e resultados econômicos, sem, entretanto, apresentar os aspectos negativos já conhecidos desse sistema de produção.
        O agricultor, que considera a natureza sua aliada, amiga, observa-a, e está sempre aprendendo com ela. Percebe as relações que existem entre todos os elementos que compõem o meio ambiente. Enfrentando as dificuldades impostas pelos limites naturais em relação ao processo de produção, este agricultor, acreditando na sorte (muitas vezes fica sujeito às conseqüências dos fenômenos climáticos), porém, confiando muito mais no seu trabalho profícuo, incansável procura produzir de maneira economicamente viável, mas respeitando o ritmo da natureza, esforçando para encontrar o máximo de equilíbrio com a mesma.
       A seguir, passamos a transcrever, na íntegra, do site www.naturalrural.com.br, as seguintes informações:  
"Dez motivos para consumir Produtos Orgânicos 
1. Evita problemas de saúde causados pela ingestão de substâncias químicas tóxicas. Pesquisas e estudos têm demonstrado que os agrotóxicos são prejudiciais ao nosso organismo, e os resíduos que permanecem nos alimentos podem provocar reações alérgicas, respiratórias, distúrbios hormonais, problemas neurológicos e até o câncer.
2. Alimentos orgânicos são mais nutritivos. Solos ricos e balanceados com adubos naturais produzem alimentos com maior valor nutritivo.
3. Alimentos orgânicos são mais saborosos, com aromas mais intensos – em sua produção não há agrotóxicos ou produtos químicos que possam alterá-los.
4. Protege futuras gerações de contaminação química. A intensa utilização de produtos químicos na produção de alimentos afeta o ar, o solo, a água, os animais e as pessoas. A agricultura orgânica exclui o uso de fertilizantes, agrotóxicos ou qualquer produto químico; e tem como base de seu trabalho a preservação dos recursos naturais.
5. Evita a erosão do solo, através das técnicas orgânicas tais como rotação de culturas, plantio consorciado, compostagem, etc. O solo se mantém fértil e permanece produtivo ano após ano.
6. Protege a qualidade da água. Os agrotóxicos utilizados nas plantações atravessam o solo, alcançam os lençóis de água e poluem os rios e lagos.
7. Restaura a biodiversidade, protegendo a vida animal e vegetal. A agricultura orgânica respeita e equilíbrio da natureza, criando ecossistemas saudáveis. A vida silvestre, parte essencial do estabelecimento agrícola é preservada e áreas naturais são conservadas.
8. Ajuda os pequenos agricultores. Em sua maioria, a produção orgânica vem de pequenos núcleos familiares que tem na terra a sua única forma de sustento; mantendo o solo fértil por muitos anos, o cultivo orgânico prende o homem a terra e revitaliza as comunidades rurais.
9. Economiza energia. O cultivo orgânico dispensa os agro-tóxicos e adubos químicos, utilizando intensamente a cobertura morta, a incorporação de matéria orgânica ao solo e o trato manual dos canteiros. É procedimento contrário da agricultura convencional que se apóia no petróleo como insumo de agrotóxicos e fertilizantes e é a base para a intensa mecanização que a caracteriza.
10. O produto orgânico é certificado. A qualidade do produto orgânico é assegurada por um Selo de Certificação. Este Selo é fornecido pelas associações de agricultura orgânica ou por órgãos certificadores independentes, que verificam e fiscalizam a produção de alimentos orgânicos desde a sua produção até a comercialização. O Selo de Certificado é a garantia de estar adquirindo produtos mais saudáveis e isento de qualquer resíduo tóxico. No "Brasil existem 45 produtores com o selo orgânico fornecido pelo IBD (Instituto Biodinâmico de Desenvolvimento Rural)".
        Não seria um contra-senso, uma temeridade deixar de considerar todos esses benefícios que os produtos orgânicos podem proporcionar aos humanos e a todos os seres vivos? Será que estamos todos loucos? Existem dificuldades para se colocar em prática um plano como o que estamos apresentando aqui sobre a indústria do lixo, o qual irá proporcionar todos estes benefícios aos seres vivos e ao meio ambiente?
       Que alegações os homens que estão com a responsabilidade de dirigir este País poderiam apresentar, como empecilhos, na implantação deste plano? Seriam estas?
        • Mão de obra escassa e cara;
        • quantidade de matéria prima insuficiente;
        • falta de demanda (consumidores);
        • altos custos operacionais;
        • retorno incerto para os investidores.

       Que outras alegações mais eles teriam? Difícil saber. E ter a certeza de que todas essas alegações seriam totalmente falsas. De acordo com as sugestões que estamos apresentando não existe uma só dificuldade para a implantação e execução do projeto da indústria do lixo em todo o Brasil.
        Então, que razões verdadeiras poderiam existir? Seriam estas? Falta de interesse e vontade política dos governantes; falta de interesse dos órgãos oficiais e entidades em financiar empreendimentos de cunho social; falta de espírito humanitário por parte dos poderosos donos das caixas beneficentes e bancos privados e estatais; falta de interesse dos políticos em geral, pois eles (todos) só interessam investir em grandes empresas, grandes negócios; não vêm nenhuma conveniência em investir em associações de pobres, compostas de pessoas humildes, sem a contra-partida das gordas contas bancárias; gente sem direção e sem ninguém para instruí-los em seus empreendimentos.
       É uma lástima que tudo isto esteja acontecendo no mundo dos nossos dias; mundo do pós-modernismo, do século 21, o qual parece estar caduco, sem referencial, sem juízo e sem rumo, ou melhor, rumando para o precipício!
       Que Deus nos acuda!  
Desenvolvimento sustentável 
      Uma das formas que têm sido mais discutidas ultimamente, procurando amenizar os problemas resultantes do crescimento econômico, que garante o acesso ao consumo e ao bem-estar material e, ao mesmo tempo preserva o meio ambiente é a que se refere ao desenvolvimento sustentável, a qual aponta uma relação estreita entre pobreza e a degradação ambiental. Embora o termo tenha sido criado na alta esfera do mundo político (Relatório Nosso Futuro Comum, da ONU em 1987), podemos, entretanto, a despeito de pertencermos à área bastante inferiorizada, do leigo, afirmar – com base em experiências ao longo da vida – que, desenvolvimento sustentável, é o uso dos recursos naturais em toda a sua plenitude, proporcionando ao homem comum prosperidade através de trabalho digno; criando riquezas e bens comuns a todas as camadas da sociedade; resgatando a cidadania através de trabalho dignamente remunerado, evitando aplicar qualquer método que possa ser uma violência contra a natureza; nada de incineração, nada de processos químicos, nada de agrotóxicos mas, apenas, aquilo que transforma naturalmente a matéria orgânica, fazendo-a voltar ao seu estado primitivo de nutriente puro, cumprindo neste ciclo natural e bendito o seu papel de responsável pela preservação de toda a biodiversidade no mundo em favor dos seres vivos.
      O projeto da INDÚSTRIA DO LIXO, aqui apresentado, com toda a sua singeleza, sem técnicas avançadas, sem sofisticação; simples como são simples os brasileiros que dele vão participar e se beneficiar: trabalhando, cooperando, compartilhando é, sem dúvida nenhuma  um projeto adequado a qualquer plano que visa aplicar essa formula tradicional, primitiva e sempre eficiente do desenvolvimento sustentável.  
A Compostagem 
       Compostagem, pode ser uma palavra moderna, mas o método é primitivo. Todos sabem que a terra tem o poder natural de se recuperar, se o que ela produz (todo o material orgânico) for devolvido a ela – não precisa ser a totalidade mas, apenas as sobras. As terras cobertas pelas florestas chamadas "virgens", recebem, das árvores, o alimento necessário para mantê-la nutrida, através das folhas que caem sobre elas, protegendo-as, ainda das erosões e da desertificação.
      A terra que primitivamente era toda coberta por florestas exuberantes, teve que sofrer, um dia, a devastação pelo homem, com finalidades, justas ou não (não podemos julgar) mas, em parte, necessárias, isto podemos ter a certeza. O máximo que podemos dizer, em termos de censura por este comportamento do homem, através dos tempos, é que não foi sempre observado por ele uma forma de progresso do qual ele, o homem, sempre necessitou, chamado de desenvolvimento sustentável, que hoje está sendo visto como a única forma de salvar o mundo da devastação total de suas riquezas naturais.
        A compostagm é, portanto, a forma natural de se corrigir os desvios que fazem do desenvolvimento uma arma de destruição, ao invés de uma prática saudável e eficiente no sentido de se criar os bens comuns em favor do bem estar do homem e das outras criaturas e que lhes cercam.
       Existem muitas técnicas para o processo da compostagem, umas mais complicadas e outras mais simples, as quais estão sendo aplicadas com êxito, porém, em pequeníssima escala. São, na maioria das vezes, indivíduos solitários que produzem o adubo natural para o seu consumo somente, seja em um sítio ou em uma casa, até em apartamentos as pessoas recebem sugestões para produzir o adubo necessário para os seus jardins e plantas nos vasos caseiros.
       Aqui vai, então, o nosso questionamento: Se essas experiências estão dando certo, para o aproveitamento do lixo orgânico de um domicílio, seja casa ou apartamento; seja no sítio ou fazenda, conseguindo uma produção tímida de um produto tão útil, essencial pra a sobrevivência, que é o adubo natural,  porque não aproveitar então todo o material orgânico residual produzido em toda a cidade? É o que estamos sugerindo no plano aqui apresentado para a implantação da indústria do lixo, de forma simples e descomplicada; sem nenhum ônus para a sociedade, em vista da auto-sustentabilidade do projeto.
        Como temos demonstrado em outras partes deste trabalho a compostagem pode ser o método que irá transformar, para melhor, o meio ambiente, o berço natural da Biodiversidade, onde ela for implantada. Experiências práticas que realizamos, de fundo de quintal, nos dão bases suficientes para essas afirmações. As nossas terras poderão ser recuperadas, revitalizadas, e voltar a ser como eram antes do Descobrimento. Você pode achar que isto é impossível, primeiro pela imensidade da extensão do nosso solo empobrecido, e segundo, pelo fato de, até hoje, ninguém ter se preocupado ou não ter encontrado uma forma tão simples como esta para resolver os problemas sociais que nos afligem de forma desesperadora: a degredação do meio ambiente e a exclusão social. Então, o nosso melhor e maior argumento para a adoção do sistema da compostagem, inserido no projeto oferecido é o seguinte: se estes dois problemas cruciais, que não são somente os maiores mas, também os causadores de todos os demais problemas do mundo podem ser resolvidos com as medidas aqui sugeridas, porquê não adotá-las? Quem tiver argumentos contrários que se apresente!



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