sexta-feira, 30 de setembro de 2016

INDUSTRIA DO LIXO, O PROJETO



ESBOÇO PARA IMPLANTAÇÃO INICIAL

      Instruções, passo a passo, sobre como implantar a primeira parte – fase inicial – do projeto da Indústria do Lixo, em um determinado município, nas áreas urbana e rural, a partir da  organização, em cada cidade, bairro ou distrito das associações e/ou cooperativas dos catadores,  destacando-se as seguintes etapas:
                           
                                   I – SEPARAÇÃO DO LIXO 
                                         
1. A implantação do projeto da indústria do lixo, começa em nossas residências bem como nas cantinas de todos os estabelecimentos comerciais e industriais, onde ele é gerado, com a separação do lixo úmido do seco. Esta separação, esmerada e criteriosa, é fundamental para que a coleta seletiva funcione plenamente – a única forma que irá possibilitar o reaproveitamento de todos os resíduos para a reciclagem e industrialização.  

2. É importante saber que essa separação em toda a cidade deve ocorrer dentro de nossas casas ou estabelecimentos, não só na cozinha ou cantina mas, em todas as demais dependências, e fora dela (no pátio, quintal e jardins), sendo este serviço de separação e acondicionamento de todos os resíduos a serem descartados, de responsabilidade exclusiva dos próprios moradores, que deverão  entrega-los ao serviço da coleta seletiva de forma apropriada, isto é,

                   lixo úmido ao caminhão da coleta, e o lixo seco aos catadores.

3 – Quanto à distinção entre os dois tipos de lixo (úmido e seco), a população deverá ser devidamente instruída, pelos meios de comunicação e também pelos responsáveis pela coleta, sobre os principais itens a serem separados, conforme segue:

A) ÚMIDO (material orgânico para a compostagem): restos de alimentos crus e cozidos, cascas e sobras de legumes e frutas estragadas, e também a varrição (sem metais, vidros, plásticos, pedras, etc.), papel higiênico usado, guardanapos, folhas e aparas de gramas do quintal ou jardim; todo e qualquer material de fácil decomposição não adequado para reciclagem;

B) SECO (material inorgânico/sólido para reciclagem): papel (jornais, livros, revistas), papelão, plásticos (todos os tipos de descartáveis, embalagens e vasilhames em geral), vidros, isopor, metais leves, latas de conservas, tudo limpo e isento de resíduos úmidos. Também os rejeitos dos aparelhos eletro-eletrônicos, móveis e quaisquer tipos de tecidos e objetos imprestáveis não-perecíveis, que deverão ser recolhidos pelos catadores, para destinação  apropriada, pelos gerenciadores dos eco-pontos.     

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Existe ainda um item extra de material a ser separado, cuidadosamente, pelos consumidores em geral, que são os nocivos ao meio ambiente, tais como pilhas, baterias, lâmpadas  fluorescentes, embalagens de inseticidas e outras do tipo spray, tubos de pastas medicinais e creme dental, etc. Este tipo de material deve ser acondicionado em sacolas ou caixas distintas, para ser entregue separadamente aos “catadores”, os quais darão a destinação correta para os mesmos, de conformidade com as medidas relacionadas com a chamada logística reversa, determinada pela Lei 12.305, da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS).

                                     II – COLETA SELETIVA

A definição da palavra “coleta”, segundo os dicionários, tem a conotação de imposto ou tributo, o que significa dizer que a entrega do lixo devidamente separado, pelos munícipes, é obrigatória, por lei.         
Esta segunda fase do Plano – a coleta seletiva –, tem sido a mais onerosa e difícil de ser executada pelos serviços de limpeza urbana de nossas cidades, com a agravante de não estar sendo feita adequadamente, visto que a separação pelos consumidores deixa muito a desejar. Entretanto, tendo em vista que o processo aqui proposto será de fácil manuseio e, devidamente orientada, a população não poderá deixar de atender ao apelo das autoridades competentes no sentido de que cada indivíduo possa exercer a sua cidadania, fazendo a sua parte para colaborar com a defesa do meio ambiente, que está sendo agredido pela poluição desastrosa em todo o mundo.   

Dois fatores de relevância vão propiciar este grande benefício para o bom êxito do processo da coleta seletiva:

Primeiramente, a entrega de cada tipo de material, pelos moradores, ao respectivo responsável pela coleta, de conformidade com as instruções contidas em toda a extensão da primeira parte acima, que irá facilitar grandemente o serviço, e
segundo, pela forma simples do serviço da coleta, tendo em vista a organização do mesmo, onde os respectivos setores (prefeitura e associação) independentes um do outro, cada um  se  responsabilizará pelo transporte do lixo que lhe corresponder, tendo em vista a separação claramente definida, como nos itens acima, frisando mais uma vez:

A) LIXO ÚMIDO: COLETA E TRANSPORTE SOB A RESPONSABILIDADE DO SERVIÇO DE LIMPEZA URBANA DA PREFEITURA.

B) LIXO SECO: COLETA E TRANSPORTE SOB A RESPONSABILIDADE DOS “CATADORES”,  REPRESENTADOS PELAS ASSOCIAÇÕES E/OU COOPERATIVAS;

Com uma administração competente e honesta, por parte das prefeituras, não haverá problemas para a execução dos serviços quanto a esta fase inicial do Projeto, o qual não demandará recursos extras, pelo contrário, diminuirá consideravelmente o custo operacional por parte das prefeituras, por ser de cunho estritamente social, e ainda, totalmente autosustentável.   

                               III – RECICLAGEM DO ENTULHO

A reciclagem do entulho da Construção Civil, é também parte integrante do projeto da Indústria do Lixo.Trata-se de um trabalho lucrativo para os membros das associações, por ser o sistema de fabricação, idealizado pelo referido projeto, de fácil manuseio; não exigindo nenhum tipo de equipamento, apenas manual (ver no livro O BRASIL TEM JEITO, como fazer), dependendo apenas de um aprendizado rápido por parte dos trabalhadores que irão executar o serviço.

Na continuação, sob a responsabilidade de empreendedores, públicos ou privados:

·        Eco-pontos: Seleção, Acondicionamento, Logística reversa, Vendas; 
·        Compostagem, ao invés de aterro sanitário;
·        Terra Vegetal, Adubo Orgânico (fertilizantes naturais), destinados aos lavradores na área da Agricultura Familiar e no campo, e também para  reflorestamentos, comercialização etc.


                                    Francisco Machado

                  Mentor do Projeto da Indústria do Lixo

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