Adubo orgânico ou natural
Adubo orgânico ou natural é
o produto do lixo orgânico, que é também chamado de lixo úmido, composto dos
seguintes elementos residuais:
- sobras e
restos de comida (separada dos ossos e embalagens de qualquer tipo: metálica,
plástica, vidro, etc.);
- restos de cereais
estragados ou sujos;
- restos de verduras (folhas, talos, etc.);
-
cascas e sementes de frutas e legumes (banana, laranja, batatas, melancia e
mandioca são as principais e as mais abundantes e comuns na cozinha
brasileira).
-
papel higiênico usado e qualquer outro tipo de papel toalha, de fácil
decomposição na água ou na terra úmida;
-
folhas secas ou verdes provenientes das podas da arborização urbana;
-
aparas de gramas e outras vegetações rasteiras;
- qualquer
outro tipo de material abandonado em vias públicas ou terrenos baldios, que
esteja em decomposição e que possa ser misturado ao bolo da compostagem que
para ser transformado em adubo para a agricultura em geral.
É
SIMPLESMENTE FANTÁSTICO o que poderá resultar do aproveitamento de todo esse
material ai mencionado, para a transformação em adubo natural.
MAS, POR OUTRO
LADO, É TAMBÉM INCRÍVEL o fato de que esses elementos – fatores principais das
causas de poluição do meio ambiente, quando recebem uma destinação
inadequada ou incorreta - estarem sendo, até os dias atuais, jogados nos
esgotos, nos rios, nos aterros sanitários ou simplesmente abandonados nas vias
públicas e áreas urbanas, tornando-se imundícias causadoras de mau cheiro;
criatórios de insetos perniciosos e nocivos à saúde; fontes de contaminação,
causando muitas vezes epidemias ou doenças graves ao ser humano.
Parece não existir
uma só razão para justificar a situação como a que está vivendo toda a
humanidade hoje, como antigamente.
Efeitos e vantagens na produção dos orgânicos
Porque os alimentos orgânicos são mais saborosos, mais nutritivos; o sabor e
aroma mais intensos? A resposta é óbvia: é por que eles são cultivados com o
adubo natural, portanto, sem o uso de fertilizantes químicos ou
agrotóxicos. O produto orgânico é também limpo e saudável, pois o seu cultivo
vem de um sistema que observa as leis da natureza e todo o seu manuseio está
baseado em um processo de respeito ao meio ambiente e a preservação dos
recursos naturais.
Mas não são
somente estas as vantagens que o adubo natural oferece aos seres humanos e à
natureza. Estes são apenas os efeitos à curto prazo, porquanto à longo prazo
temos benefícios ainda maiores. Alguns exemplos: os métodos orgânicos de
produção são todos favoráveis ao equilíbrio ecológico e, trabalhar de modo
harmônico e convergente em relação ao tempo, ritmo, ciclos e limites da
natureza, tende a reduzir substancialmente os seus custos, podendo até mesmo
competir com o agro-químico em termos de produtividade e resultados econômicos,
sem, entretanto, apresentar os aspectos negativos já conhecidos desse sistema
de produção.
O agricultor,
que considera a natureza sua aliada, amiga, observa-a, e está sempre aprendendo
com ela. Percebe as relações que existem entre todos os elementos que compõem o
meio ambiente. Enfrentando as dificuldades impostas pelos limites naturais em
relação ao processo de produção, este agricultor, acreditando na sorte (muitas
vezes fica sujeito às conseqüências dos fenômenos climáticos), porém, confiando
muito mais no seu trabalho profícuo, incansável procura produzir de maneira
economicamente viável, mas respeitando o ritmo da natureza, esforçando para
encontrar o máximo de equilíbrio com a mesma.
A seguir, passamos a
transcrever, na íntegra, do site www.naturalrural.com.br, as seguintes
informações:
"Dez motivos para consumir Produtos Orgânicos
1. Evita problemas de saúde causados pela ingestão
de substâncias químicas tóxicas. Pesquisas e estudos têm demonstrado que os
agrotóxicos são prejudiciais ao nosso organismo, e os resíduos que permanecem
nos alimentos podem provocar reações alérgicas, respiratórias, distúrbios
hormonais, problemas neurológicos e até o câncer.
2. Alimentos orgânicos são mais nutritivos. Solos
ricos e balanceados com adubos naturais produzem alimentos com maior valor
nutritivo.
3. Alimentos orgânicos são mais saborosos, com
aromas mais intensos – em sua produção não há agrotóxicos ou produtos químicos
que possam alterá-los.
4. Protege futuras gerações de contaminação química.
A intensa utilização de produtos químicos na produção de alimentos afeta o ar,
o solo, a água, os animais e as pessoas. A agricultura orgânica exclui o uso de
fertilizantes, agrotóxicos ou qualquer produto químico; e tem como base de seu
trabalho a preservação dos recursos naturais.
5. Evita a erosão do solo, através das técnicas
orgânicas tais como rotação de culturas, plantio consorciado, compostagem, etc.
O solo se mantém fértil e permanece produtivo ano após ano.
6. Protege a qualidade da água. Os agrotóxicos
utilizados nas plantações atravessam o solo, alcançam os lençóis de água e
poluem os rios e lagos.
7. Restaura a biodiversidade, protegendo a vida
animal e vegetal. A agricultura orgânica respeita e equilíbrio da natureza,
criando ecossistemas saudáveis. A vida silvestre, parte essencial do
estabelecimento agrícola é preservada e áreas naturais são conservadas.
8. Ajuda os pequenos agricultores. Em sua maioria, a
produção orgânica vem de pequenos núcleos familiares que tem na terra a sua
única forma de sustento; mantendo o solo fértil por muitos anos, o cultivo
orgânico prende o homem a terra e revitaliza as comunidades rurais.
9. Economiza energia. O cultivo orgânico dispensa os
agro-tóxicos e adubos químicos, utilizando intensamente a cobertura morta, a
incorporação de matéria orgânica ao solo e o trato manual dos canteiros. É procedimento
contrário da agricultura convencional que se apóia no petróleo como insumo de
agrotóxicos e fertilizantes e é a base para a intensa mecanização que a
caracteriza.
10. O produto orgânico é certificado. A qualidade do
produto orgânico é assegurada por um Selo de Certificação. Este Selo é
fornecido pelas associações de agricultura orgânica ou por órgãos
certificadores independentes, que verificam e fiscalizam a produção de
alimentos orgânicos desde a sua produção até a comercialização. O Selo de Certificado
é a garantia de estar adquirindo produtos mais saudáveis e isento de qualquer
resíduo tóxico. No "Brasil existem 45 produtores com o selo orgânico
fornecido pelo IBD (Instituto Biodinâmico de Desenvolvimento Rural)".
Não seria um
contra-senso, uma temeridade deixar de considerar todos esses benefícios que os
produtos orgânicos podem proporcionar aos humanos e a todos os seres vivos?
Será que estamos todos loucos? Existem dificuldades para se colocar em prática
um plano como o que estamos apresentando aqui sobre a indústria do lixo, o qual
irá proporcionar todos estes benefícios aos seres vivos e ao meio ambiente?
Que alegações os
homens que estão com a responsabilidade de dirigir este País poderiam
apresentar, como empecilhos, na implantação deste plano? Seriam estas?
• Mão de obra
escassa e cara;
• quantidade de
matéria prima insuficiente;
• falta de
demanda (consumidores);
• altos custos
operacionais;
• retorno incerto para os investidores.
Que outras alegações
mais eles teriam? Difícil saber. E ter a certeza de que todas essas alegações
seriam totalmente falsas. De acordo com as sugestões que estamos apresentando
não existe uma só dificuldade para a implantação e execução do projeto da
indústria do lixo em todo o Brasil.
Então, que
razões verdadeiras poderiam existir? Seriam estas? Falta de interesse e vontade
política dos governantes; falta de interesse dos órgãos oficiais e entidades em
financiar empreendimentos de cunho social; falta de espírito humanitário por
parte dos poderosos donos das caixas beneficentes e bancos privados e estatais;
falta de interesse dos políticos em geral, pois eles (todos) só interessam
investir em grandes empresas, grandes negócios; não vêm nenhuma conveniência em
investir em associações de pobres, compostas de pessoas humildes, sem a
contra-partida das gordas contas bancárias; gente sem direção e sem ninguém
para instruí-los em seus empreendimentos.
É uma lástima que tudo
isto esteja acontecendo no mundo dos nossos dias; mundo do pós-modernismo, do
século 21, o qual parece estar caduco, sem referencial, sem juízo e sem rumo,
ou melhor, rumando para o precipício!
Que Deus nos acuda!
Desenvolvimento sustentável
Uma das formas que têm sido
mais discutidas ultimamente, procurando amenizar os problemas resultantes do
crescimento econômico, que garante o acesso ao consumo e ao bem-estar material
e, ao mesmo tempo preserva o meio ambiente é a que se refere ao desenvolvimento
sustentável, a qual aponta uma relação estreita entre pobreza e a degradação
ambiental. Embora o termo tenha sido criado na alta esfera do mundo político
(Relatório Nosso Futuro Comum, da ONU em 1987), podemos, entretanto, a despeito
de pertencermos à área bastante inferiorizada, do leigo, afirmar – com base em
experiências ao longo da vida – que, desenvolvimento sustentável, é o uso dos
recursos naturais em toda a sua plenitude, proporcionando ao homem comum
prosperidade através de trabalho digno; criando riquezas e bens comuns a todas
as camadas da sociedade; resgatando a cidadania através de trabalho dignamente
remunerado, evitando aplicar qualquer método que possa ser uma violência contra
a natureza; nada de incineração, nada de processos químicos, nada de
agrotóxicos mas, apenas, aquilo que transforma naturalmente a matéria orgânica,
fazendo-a voltar ao seu estado primitivo de nutriente puro, cumprindo neste
ciclo natural e bendito o seu papel de responsável pela preservação de toda a
biodiversidade no mundo em favor dos seres vivos.
O projeto da INDÚSTRIA DO
LIXO, aqui apresentado, com toda a sua singeleza, sem técnicas avançadas, sem
sofisticação; simples como são simples os brasileiros que dele vão participar e
se beneficiar: trabalhando, cooperando, compartilhando é, sem dúvida
nenhuma um projeto adequado a qualquer plano que visa aplicar essa
formula tradicional, primitiva e sempre eficiente do desenvolvimento
sustentável.
A Compostagem
Compostagem, pode ser
uma palavra moderna, mas o método é primitivo. Todos sabem que a terra tem o
poder natural de se recuperar, se o que ela produz (todo o material orgânico)
for devolvido a ela – não precisa ser a totalidade mas, apenas as sobras. As
terras cobertas pelas florestas chamadas "virgens", recebem, das
árvores, o alimento necessário para mantê-la nutrida, através das folhas que
caem sobre elas, protegendo-as, ainda das erosões e da desertificação.
A terra que primitivamente
era toda coberta por florestas exuberantes, teve que sofrer, um dia, a
devastação pelo homem, com finalidades, justas ou não (não podemos julgar) mas,
em parte, necessárias, isto podemos ter a certeza. O máximo que podemos dizer,
em termos de censura por este comportamento do homem, através dos tempos, é que
não foi sempre observado por ele uma forma de progresso do qual ele, o homem,
sempre necessitou, chamado de desenvolvimento sustentável, que hoje está sendo
visto como a única forma de salvar o mundo da devastação total de suas riquezas
naturais.
A compostagm é,
portanto, a forma natural de se corrigir os desvios que fazem do
desenvolvimento uma arma de destruição, ao invés de uma prática saudável e
eficiente no sentido de se criar os bens comuns em favor do bem estar do homem
e das outras criaturas e que lhes cercam.
Existem muitas
técnicas para o processo da compostagem, umas mais complicadas e outras mais
simples, as quais estão sendo aplicadas com êxito, porém, em pequeníssima
escala. São, na maioria das vezes, indivíduos solitários que produzem o adubo
natural para o seu consumo somente, seja em um sítio ou em uma casa, até em
apartamentos as pessoas recebem sugestões para produzir o adubo necessário para
os seus jardins e plantas nos vasos caseiros.
Aqui vai, então, o
nosso questionamento: Se essas experiências estão dando certo, para o
aproveitamento do lixo orgânico de um domicílio, seja casa ou apartamento; seja
no sítio ou fazenda, conseguindo uma produção tímida de um produto tão útil,
essencial pra a sobrevivência, que é o adubo natural, porque não
aproveitar então todo o material orgânico residual produzido em toda a cidade?
É o que estamos sugerindo no plano aqui apresentado para a implantação da
indústria do lixo, de forma simples e descomplicada; sem nenhum ônus para a
sociedade, em vista da auto-sustentabilidade do projeto.
Como temos
demonstrado em outras partes deste trabalho a compostagem pode ser o método que
irá transformar, para melhor, o meio ambiente, o berço natural da
Biodiversidade, onde ela for implantada. Experiências práticas que realizamos,
de fundo de quintal, nos dão bases suficientes para essas afirmações. As nossas
terras poderão ser recuperadas, revitalizadas, e voltar a ser como eram antes
do Descobrimento. Você pode achar que isto é impossível, primeiro pela
imensidade da extensão do nosso solo empobrecido, e segundo, pelo fato de, até
hoje, ninguém ter se preocupado ou não ter encontrado uma forma tão simples
como esta para resolver os problemas sociais que nos afligem de forma
desesperadora: a degredação do meio ambiente e a exclusão social. Então, o
nosso melhor e maior argumento para a adoção do sistema da compostagem,
inserido no projeto oferecido é o seguinte: se estes dois problemas cruciais,
que não são somente os maiores mas, também os causadores de todos os demais
problemas do mundo podem ser resolvidos com as medidas aqui sugeridas, porquê
não adotá-las? Quem tiver argumentos contrários que se apresente!