MEIO AMBIENTE É TUDO – VAMOS PRESERVAR?
A poluição ambiental, provocada pelo
lixo urbano, tem sido uma das causas mais severas que, segundo estudos de
ambientalistas e a comunidade científica em geral, poderá levar o mundo a um fim catastrófico não muito
distante. Mas, outros fatores também contribuem para a poluição ambiental que,
em cada cidade, tem suas características próprias.
Os problemas da degradação ambiental em
nossas cidades ocorrem paralelamente com o crescimento das comunidades e são percebidos
somente quando chegam ao ponto de causar prejuízos irreversíveis à sociedade
num todo.
O início dessa degradação acontece a
partir do momento em que um determinado local, rico em Biodiversidade, começa a
ser povoado pelas pessoas, sem os devidos cuidados para não destruir o meio
ambiente ao seu redor. Isto porque não aprendemos, no tempo certo, a observar
que existem muitas maneiras de nos agrupar, crescer e progredir de maneira
sustentável; bastando, para isto, ter a Natureza como nossa aliada.
Em nossa
cidade, a mui querida Governador Valadares, vemos com muita tristeza, as diversas formas em que o meio ambiente foi
e está sendo agredido. Começando, historicamente, pelas atividades
extrativistas, tendo a madeira como principal produto, as florestas virgens e
imponentes que existiam no local foram sendo aos poucos devastadas por aqueles
bravos pioneiros, a fim de oferecer o meio de vida para uma população ávida de
progresso e desenvolvimento. Não que isto seja totalmente errado. O erro está
no fato de não ter sido preservada pelo menos parte da Natureza, nem que seja através
do reflorestamento, é claro.
Veja bem, o
tamanho do prejuízo e as consequências que já estamos sentindo
hoje em nossas peles, e que será muito maior ainda para as futuras gerações: terras
devastadas que não produzem mais; rios e córregos poluídos e secando, sem as
matas ciliares protetoras dos mananciais; flora e fauna empobrecidas, com a extinção de espécies, por
causa da destruição de seus habitats naturais.
Enquanto isto,
um material muito valioso, que nós, cidadãos valadarenses, produzimos aqui
com muita abundância, está sendo jogado
fora, “exportado” à custo altíssimo para outro município vizinho (não muito
próximo). Este material – O LIXO URBANO – é a matéria prima essencial que poderia
(pode e deve) ser utilizada de forma a recuperar todo esse prejuízo, e resolver
os problemas acima mencionados. Como assim? Fácil, fácil... Veja nos três passos seguintes:
1 – Coleta
seletiva, com separação do lixo seco do úmido;
2 – Ao invés de
aterro sanitário, transformação do material orgânico em adubo;
3 – Aplicação
do produto nas atividades do campo, preferencialmente, na agricultura familiar
e reflorestamento das matas ciliares.
Simples assim. Lembrando
que este trabalho com o lixo urbano (tratamento e destinação ecologicamente
corretos) é obrigatório pela lei da PNRS, de agosto de 2010), estando
incorrendo em crimes ambientais os responsáveis pela execução do serviço da
forma irregular como está sendo feito: consumidores e governantes
municipais.
Francisco Machado
Ativista voluntário do
meio ambiente
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