ESBOÇO PARA IMPLANTAÇÃO INICIAL
Instruções, passo a passo, sobre como implantar
a primeira parte – fase inicial – do projeto da Indústria do Lixo, em um determinado município, nas áreas urbana e rural,
a partir da organização, em cada cidade,
bairro ou distrito das associações e/ou cooperativas dos catadores, destacando-se as seguintes etapas:
I
– SEPARAÇÃO DO LIXO
2. É importante saber que essa
separação em toda a cidade deve ocorrer dentro de nossas casas ou
estabelecimentos, não só na cozinha ou cantina mas, em todas as demais dependências,
e fora dela (no pátio, quintal e jardins), sendo este serviço de separação e
acondicionamento de todos os resíduos a serem descartados, de responsabilidade
exclusiva dos próprios moradores, que deverão entrega-los ao serviço da coleta seletiva de
forma apropriada, isto é,
lixo úmido ao caminhão da coleta, e o lixo seco
aos catadores.
3 – Quanto à distinção entre
os dois tipos de lixo (úmido e seco), a população deverá ser devidamente instruída,
pelos meios de comunicação e também pelos responsáveis pela coleta, sobre os
principais itens a serem separados, conforme segue:
A) ÚMIDO (material orgânico para a compostagem): restos de alimentos
crus e cozidos, cascas e sobras de legumes e frutas estragadas, e também a
varrição (sem metais, vidros, plásticos, pedras, etc.), papel higiênico usado,
guardanapos, folhas e aparas de gramas do quintal ou jardim; todo e qualquer
material de fácil decomposição não adequado para reciclagem;
B) SECO (material inorgânico/sólido para reciclagem): papel (jornais,
livros, revistas), papelão, plásticos (todos os tipos de descartáveis,
embalagens e vasilhames em geral), vidros, isopor, metais leves, latas de
conservas, tudo limpo e isento de resíduos úmidos. Também os rejeitos dos
aparelhos eletro-eletrônicos, móveis e quaisquer tipos de tecidos e objetos
imprestáveis não-perecíveis, que deverão ser recolhidos pelos catadores, para
destinação apropriada, pelos
gerenciadores dos eco-pontos.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Existe
ainda um item extra de material a ser separado, cuidadosamente, pelos
consumidores em geral, que são os nocivos ao meio ambiente, tais como pilhas,
baterias, lâmpadas fluorescentes,
embalagens de inseticidas e outras do tipo spray, tubos de pastas medicinais e
creme dental, etc. Este tipo de
material deve ser acondicionado em sacolas ou caixas distintas, para ser
entregue separadamente aos “catadores”, os quais darão a destinação correta
para os mesmos, de conformidade com as medidas relacionadas com a chamada
logística reversa, determinada pela Lei 12.305, da Política Nacional dos
Resíduos Sólidos (PNRS).
II –
COLETA SELETIVA
A definição da palavra
“coleta”, segundo os dicionários, tem a conotação de imposto ou tributo, o que
significa dizer que a entrega do lixo devidamente separado, pelos munícipes, é
obrigatória, por lei.
Esta segunda fase do Plano –
a coleta seletiva –, tem sido a mais onerosa e difícil de ser executada pelos serviços
de limpeza urbana de nossas cidades, com a agravante de não estar sendo feita
adequadamente, visto que a separação pelos consumidores deixa muito a desejar. Entretanto,
tendo em vista que o processo aqui proposto será de fácil manuseio e,
devidamente orientada, a população não poderá deixar de atender ao apelo das
autoridades competentes no sentido de que cada indivíduo possa exercer a sua
cidadania, fazendo a sua parte para colaborar com a defesa do meio ambiente,
que está sendo agredido pela poluição desastrosa em todo o mundo.
Dois fatores de relevância vão
propiciar este grande benefício para o bom êxito do processo da coleta
seletiva:
Primeiramente,
a entrega de cada tipo de material, pelos moradores, ao respectivo responsável
pela coleta, de conformidade com as instruções contidas em toda a extensão da primeira
parte acima, que irá facilitar grandemente o serviço, e
segundo,
pela forma simples do serviço da coleta, tendo em vista a organização do mesmo,
onde os respectivos setores (prefeitura e associação) independentes um do outro,
cada um se responsabilizará pelo transporte do lixo que
lhe corresponder, tendo em vista a separação claramente definida, como nos
itens acima, frisando mais uma vez:
A) LIXO ÚMIDO:
COLETA E TRANSPORTE SOB A RESPONSABILIDADE DO SERVIÇO DE LIMPEZA URBANA DA
PREFEITURA.
B) LIXO SECO:
COLETA E TRANSPORTE SOB A RESPONSABILIDADE DOS “CATADORES”, REPRESENTADOS PELAS ASSOCIAÇÕES E/OU
COOPERATIVAS;
Com uma administração
competente e honesta, por parte das prefeituras, não haverá problemas para a
execução dos serviços quanto a esta fase inicial do Projeto, o qual não
demandará recursos extras, pelo contrário, diminuirá consideravelmente o custo
operacional por parte das prefeituras, por ser de cunho estritamente social, e
ainda, totalmente autosustentável.
III – RECICLAGEM
DO ENTULHO
A reciclagem do entulho da
Construção Civil, é também parte integrante do projeto da Indústria do Lixo.Trata-se
de um trabalho lucrativo para os membros das associações, por ser o sistema de
fabricação, idealizado pelo referido projeto, de fácil manuseio; não exigindo
nenhum tipo de equipamento, apenas manual (ver no livro O BRASIL TEM JEITO,
como fazer), dependendo apenas de um aprendizado rápido por parte dos
trabalhadores que irão executar o serviço.
Na continuação, sob a
responsabilidade de empreendedores, públicos ou privados:
·
Eco-pontos:
Seleção, Acondicionamento, Logística reversa, Vendas;
·
Compostagem, ao
invés de aterro sanitário;
·
Terra Vegetal,
Adubo Orgânico (fertilizantes naturais), destinados aos lavradores na área da
Agricultura Familiar e no campo, e também para reflorestamentos, comercialização etc.
Francisco Machado
Mentor do Projeto da
Indústria do Lixo
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