quinta-feira, 6 de outubro de 2016

                   AQUECIMENTO GLOBAL, QUAL O PERIGO?


        Aquecimento Global, é o aumento da temperatura terrestre, não somente em uma determinada região, mas em todo o planeta, e tem sido a causa principal de preocupações por parte de governantes e líderes mundiais, inclusive pelos constantes alertas resultantes dos estudos realizados pela comunidade científica em todo o mundo, em razão das conseqüências desastrosas, provocadas  pela poluição insidiosa   na atmosfera, no solo e nas águas, em todo o Planeta.     
        Acredita-se que as causas sejam bastante variadas: o uso de combustíveis fósseis e outros processos em nível industrial; as queimadas de florestas, a incineração de materiais descartáveis (lixo urbano), que levam à acumulação de gases, na atmosfera, tais como o Dióxido de Carbono, o Metano, o Óxido de Azoto e os CFCs.
        Estes fenômenos bastante complexos e inevitáveis, não só de causas naturais, mas principalmente pelas ações do ser humano, podem ser a explicação para as alterações climáticas da Terra. Mas, também é possível e mais provável que estas mudanças estejam sendo provocadas pelo aumento excessivo dos gases  do Efeito Estufa.
         Na impossibilidade de comparar diretamente este aquecimento global com as mudanças de clima no passado, devido à velocidade com que tudo está acontecendo, as analogias mais próximas que se podem estabelecer são com mudanças provocadas por alterações abruptas na circulação oceânica. O que existe em comum entre todas estas mudanças de clima são extinções em massa de espécies por todo o planeta tanto em relação à fauna como na flora. Esta analogia vem reforçar os modelos estabelecidos, nos quais prevêem que tanto os ecossistemas naturais como as comunidades humanas mais dependentes do clima venham a ser fortemente pressionados e postos em perigo fatal.
        No caso de não se tomarem medidas drásticas, de forma a controlar a emissão de gases de Efeito Estufa é quase certo que teremos que enfrentar um aumento da temperatura global que continuará indefinidamente, cujos efeitos serão piores do que quaisquer efeitos provocados por flutuações naturais, o que quer dizer que iremos provavelmente passar a assistir - como já estamos assistindo -, às maiores catástrofes naturais registradas no planeta, agora causadas indiretamente pela ação do Homem.
         Qual deve ser o papel do cidadão, em sua sociedade, diante do alto índice de   calamidades do tempo presente? Sabemos perfeitamente, que elas resultam de ações do homem procurando, não sobreviver, mas viver de conformidade com as suas próprias conveniências, passando por cima de direitos de outrem e de leis naturais e também dos homens.
           Quanto às conseqüências catastróficas, não nos iludamos de que elas continuarão, ainda mais intensas, em futuro próximo, pois elas já se acham bem presentes em nossos dias. Já estamos mais do que avisados, só falta fazermos a nossa parte.
Francisco Machado – Ativista voluntário do Meio Ambiente.

                               www.industriadolixo.blogspot.com

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

                                             MEIO AMBIENTE

                                             A Era do Descartável

           Estamos vivendo plenamente a era do descartável. Não apenas as embalagens dos alimentos e das bebidas, os utensílios da cozinha e da copa, os móveis domésticos, as vestimentas, as seringas, instrumentos hospitalares, os aparelhos de telefonia celular e fixo, os eletrodomésticos, os eletroeletrônicos, os carros usados,  mas também nós, os seres humanos estamos sendo descartados. Em conseqüência desta tresloucada mania do consumo, que tomou conta da sociedade nesta era pós-moderna o Planeta Terra, o nosso habitat natural, também está sendo descartado. Tudo por conta dos ditames do modernismo globalizado que assola a geração mais jovem, a qual tem os adultos da geração precedente, principalmente os pais e professores, na conta de quadrados, apelido com tom de zombaria.
A indústria do descartável veio ocupar o seu lugar na história, para estender ou dar  continuidade aos períodos da industrialização clássica e neoclássica, a partir do século XVIII, sempre procurando atender a demanda da população, cada vez mais ávida por consumir tudo que lhe proporciona qualquer tipo de conforto, prazer  e bem estar, custe o que custar.
A indústria sempre foi uma atividade própria do homem, desde os tempos mais remotos. Entretanto, podemos dizer que, antes da industrialização desenfreada, o homem construía os seus bens utilizando as próprias mãos; era a forma artesanal, aquela que mais respeita a Natureza. É claro que o aumento da população mundial trouxe em contrapartida a necessidade do desenvolvimento industrial no mesmo ritmo, a fim de produzir em massa tudo que a sociedade necessita ou deseja, importando-se mais com a quantidade do que com a qualidade, e o que é pior: nada se importando com a sustentabilidade ambiental. 

A indústria do descartável veio aumentar os problemas ambientais de forma assustadora.  Se por um lado, na fabricação, retira-se da Natureza a matéria prima, em quantidade excessiva, chegando-se à exaustão, por outro lado, o fato de se tratar de descartável leva a sociedade ao consumo desenfreado, e o descarte irresponsável é a causa do problema mais grave da atualidade: a poluição ambiental, que está ameaçando levar a humanidade  e a Biodiversidade do Planeta terra a um fim catastrófico. O nome descartável jamais deveria ter sido “inventado” para incentivar as gerações pós-modernas à  prática verdadeiramente nociva do desperdício desregrado. É lamentável saber que mesmo depois de o mundo conhecer e conviver com um sábio da qualidade de Antoine Lavoisier (1743-1794), o químico francês que pronunciou a frase que o imortalizou: “Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”, o qual viveu justamente na época em que iniciou a Revolução Industrial, não tenha aprendido a lição que encerra esta frase. Se ela fosse observada pela sociedade, não só de seu país, mas de todo o mundo, a palavra descartável seria substituída por reciclável ou reaproveitável.  Que a era do descartável possa ser  erradicada da nossa história, e que seja substituída por algum movimento mais inteligente e benéfico a todos nós, como por exemplo, a era da sustentabilidade.  Francisco Machado 

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

INDUSTRIA DO LIXO, O PROJETO



ESBOÇO PARA IMPLANTAÇÃO INICIAL

      Instruções, passo a passo, sobre como implantar a primeira parte – fase inicial – do projeto da Indústria do Lixo, em um determinado município, nas áreas urbana e rural, a partir da  organização, em cada cidade, bairro ou distrito das associações e/ou cooperativas dos catadores,  destacando-se as seguintes etapas:
                           
                                   I – SEPARAÇÃO DO LIXO 
                                         
1. A implantação do projeto da indústria do lixo, começa em nossas residências bem como nas cantinas de todos os estabelecimentos comerciais e industriais, onde ele é gerado, com a separação do lixo úmido do seco. Esta separação, esmerada e criteriosa, é fundamental para que a coleta seletiva funcione plenamente – a única forma que irá possibilitar o reaproveitamento de todos os resíduos para a reciclagem e industrialização.  

2. É importante saber que essa separação em toda a cidade deve ocorrer dentro de nossas casas ou estabelecimentos, não só na cozinha ou cantina mas, em todas as demais dependências, e fora dela (no pátio, quintal e jardins), sendo este serviço de separação e acondicionamento de todos os resíduos a serem descartados, de responsabilidade exclusiva dos próprios moradores, que deverão  entrega-los ao serviço da coleta seletiva de forma apropriada, isto é,

                   lixo úmido ao caminhão da coleta, e o lixo seco aos catadores.

3 – Quanto à distinção entre os dois tipos de lixo (úmido e seco), a população deverá ser devidamente instruída, pelos meios de comunicação e também pelos responsáveis pela coleta, sobre os principais itens a serem separados, conforme segue:

A) ÚMIDO (material orgânico para a compostagem): restos de alimentos crus e cozidos, cascas e sobras de legumes e frutas estragadas, e também a varrição (sem metais, vidros, plásticos, pedras, etc.), papel higiênico usado, guardanapos, folhas e aparas de gramas do quintal ou jardim; todo e qualquer material de fácil decomposição não adequado para reciclagem;

B) SECO (material inorgânico/sólido para reciclagem): papel (jornais, livros, revistas), papelão, plásticos (todos os tipos de descartáveis, embalagens e vasilhames em geral), vidros, isopor, metais leves, latas de conservas, tudo limpo e isento de resíduos úmidos. Também os rejeitos dos aparelhos eletro-eletrônicos, móveis e quaisquer tipos de tecidos e objetos imprestáveis não-perecíveis, que deverão ser recolhidos pelos catadores, para destinação  apropriada, pelos gerenciadores dos eco-pontos.     

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Existe ainda um item extra de material a ser separado, cuidadosamente, pelos consumidores em geral, que são os nocivos ao meio ambiente, tais como pilhas, baterias, lâmpadas  fluorescentes, embalagens de inseticidas e outras do tipo spray, tubos de pastas medicinais e creme dental, etc. Este tipo de material deve ser acondicionado em sacolas ou caixas distintas, para ser entregue separadamente aos “catadores”, os quais darão a destinação correta para os mesmos, de conformidade com as medidas relacionadas com a chamada logística reversa, determinada pela Lei 12.305, da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS).

                                     II – COLETA SELETIVA

A definição da palavra “coleta”, segundo os dicionários, tem a conotação de imposto ou tributo, o que significa dizer que a entrega do lixo devidamente separado, pelos munícipes, é obrigatória, por lei.         
Esta segunda fase do Plano – a coleta seletiva –, tem sido a mais onerosa e difícil de ser executada pelos serviços de limpeza urbana de nossas cidades, com a agravante de não estar sendo feita adequadamente, visto que a separação pelos consumidores deixa muito a desejar. Entretanto, tendo em vista que o processo aqui proposto será de fácil manuseio e, devidamente orientada, a população não poderá deixar de atender ao apelo das autoridades competentes no sentido de que cada indivíduo possa exercer a sua cidadania, fazendo a sua parte para colaborar com a defesa do meio ambiente, que está sendo agredido pela poluição desastrosa em todo o mundo.   

Dois fatores de relevância vão propiciar este grande benefício para o bom êxito do processo da coleta seletiva:

Primeiramente, a entrega de cada tipo de material, pelos moradores, ao respectivo responsável pela coleta, de conformidade com as instruções contidas em toda a extensão da primeira parte acima, que irá facilitar grandemente o serviço, e
segundo, pela forma simples do serviço da coleta, tendo em vista a organização do mesmo, onde os respectivos setores (prefeitura e associação) independentes um do outro, cada um  se  responsabilizará pelo transporte do lixo que lhe corresponder, tendo em vista a separação claramente definida, como nos itens acima, frisando mais uma vez:

A) LIXO ÚMIDO: COLETA E TRANSPORTE SOB A RESPONSABILIDADE DO SERVIÇO DE LIMPEZA URBANA DA PREFEITURA.

B) LIXO SECO: COLETA E TRANSPORTE SOB A RESPONSABILIDADE DOS “CATADORES”,  REPRESENTADOS PELAS ASSOCIAÇÕES E/OU COOPERATIVAS;

Com uma administração competente e honesta, por parte das prefeituras, não haverá problemas para a execução dos serviços quanto a esta fase inicial do Projeto, o qual não demandará recursos extras, pelo contrário, diminuirá consideravelmente o custo operacional por parte das prefeituras, por ser de cunho estritamente social, e ainda, totalmente autosustentável.   

                               III – RECICLAGEM DO ENTULHO

A reciclagem do entulho da Construção Civil, é também parte integrante do projeto da Indústria do Lixo.Trata-se de um trabalho lucrativo para os membros das associações, por ser o sistema de fabricação, idealizado pelo referido projeto, de fácil manuseio; não exigindo nenhum tipo de equipamento, apenas manual (ver no livro O BRASIL TEM JEITO, como fazer), dependendo apenas de um aprendizado rápido por parte dos trabalhadores que irão executar o serviço.

Na continuação, sob a responsabilidade de empreendedores, públicos ou privados:

·        Eco-pontos: Seleção, Acondicionamento, Logística reversa, Vendas; 
·        Compostagem, ao invés de aterro sanitário;
·        Terra Vegetal, Adubo Orgânico (fertilizantes naturais), destinados aos lavradores na área da Agricultura Familiar e no campo, e também para  reflorestamentos, comercialização etc.


                                    Francisco Machado

                  Mentor do Projeto da Indústria do Lixo

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