quarta-feira, 27 de abril de 2011

O MUNDO EM CRISE - II

A RADIOATIVIDADE
Continuando o assunto abordado no artigo anterior, sobre a catástrofe ocorrida no Japão, quando assumimos a responsabilidade, apenas na qualidade de um simples consumidor, de dar uma resposta ao questionamento que ficou no ar: o que podemos fazer diante da terrível ameaça que paira sobre a humanidade, quando a força descomunal da radioatividade, provinda do átomo produzido nas usinas de energia nuclear, encontra-se prestes a fugir do controle de seus criadores e passa a fustigar o mundo como um monstro do tempo jurássico? No imaginário coletivo, a tendência comum é pensar que os técnicos, juntamente com o poder público, os quais se encontram naturalmente em nível superior, são os responsáveis pelos desvios que acontecem no mundo da tecnologia avançada, portanto, eles é que devem encontrar as soluções para os problemas de sua respectiva área.
Mas, o que ocorre, na verdade, é um desequilíbrio entre os dois setores fundamentais das sociedades em todo o mundo, os quais não fazem distinção entre classes sociais, mas engloba os mesmos indivíduos em um só universo, ou seja, produtores e consumidores, patrões e empregados, governantes e governados, todos misturados. Tal desequilíbrio acontece quando os produtores, via de regra, procuram atender a uma demanda crescente dos consumidores, mas com determinados tipos de bens que, muito embora úteis, não são essenciais.
Podemos destacar, por exemplo, as indústrias dos descartáveis e a automobilística. Raciocínio lógico: Essencial na vida é aquilo sem o qual você não pode viver. Quando o objeto não é essencial, você deve evitar pelo menos o uso excessivo do mesmo, que é a causa do crescimento desregrado dos setores industriais que se preocupam não apenas com os lucros cada vez maiores mas, muito mais em competir no mundo mercadológico.
Mas, o que tem este arrazoado a ver com o nosso questionamento? Tem tudo a ver, porque o grande problema da energia nuclear reside justamente no fato de sua produção não poder mais crescer para atendimento de uma população que cresce numa proporção muito maior. Isto acontece não somente nos dois setores acima citados, mas em todas as áreas das sociedades de um modo geral. Então, podemos responder ao “o que fazer?” Cremos que sim. O problema do crescimento populacional, juntamente com os setores produtivos – aqueles mais de caráter competitivos, só tem uma solução, a qual podemos afirmar, de antemão, ser a única opção, que é o racionamento radical, imposto por leis severas, não só aos consumidores, mas também aos produtores, inicialmente, no setor de energia elétrica, para depois se estender aos demais setores, até mesmo no essencial.
Mas, é primordial que apresentemos mais argumentações sobre este assunto transcendental, o que faremos no próximo artigo.
(Publicado no Boletim da IP Brilho Celeste de Gov. Valadares, em 17/04/2011)

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